CURSO DE PSICOTERAPIA BREVE - STAPP
PROF. PETER SIFNEOS

da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard
Centro de Convenções do Hotel Plaza São Rafael
Porto Alegre - 1992

Peter Sifneos

 

INTRODUÇÃO

Estou muito satisfeito porque tantos de vocês estão aqui interessados em ouvir sobre psicoterapia breve. Pensei que poderia apresentar a vocês um sumário geral sobre esse tema, e os critérios de seleção dos pacientes, que são de crucial importância, e também discutir como se realiza o processo de avaliação dos pacientes.


Ainda, gostaria de mostrar a vocês duas fitas de videoteipe, de uma paciente e de um paciente, demonstrando a aplicação desses critérios e o processo de seleção. A primeira paciente é uma paciente clássica, que preenche completamente os critérios de seleção para a psicoterapia breve. O segundo paciente apresenta problemas muito maiores, e vamos ter uma discussão sobre ele. Embora possamos dispor de uma coleção de fitas de videoteipe muito grande, a razão pela qual mostro a vocês um paciente relativamente difícil, que pode não ser um bom candidato à psicoterapia dinâmica, é que estamos, cautelosamente, nos movendo para a área de pacientes um pouco mais complexos.
Responderei às perguntas que vocês tenham, e também comentarei, brevemente, um pouco do trabalho de outros pesquisadores nesse campo, de tal forma que teremos bastante assunto. Vamos começar por algumas notas de como se desenvolveu essa forma de terapia. Gostaria de mencionar que, se alguém está gravando, não há restrições quanto a gravar a minha exposição; no entanto, não é possível gravar a parte das entrevistas com os pacientes; temos dispositivos legais específicos a respeito do consentimento que os pacientes nos concedem, essas entrevistas não podem ser reagravadas e só podem ser mostradas quando o médico estiver também presente.